Parte 1.
O planeta Betelgeuse é um planeta localizado na constelação de Óriun. Viajantes estelares de uma nave espacial de grande porte atravessam o universo atrás de rastros de uma raça rebelde reptilínea que introduz seres infiltrados em um pequeno planeta inferior chamado Gaya, mais conhecido como o pequeno Olho Azul. Os habitantes de Betelgeuse procuram por esses seres infiltrados em missões e precisam da ajuda dos habitantes de Gaya, que camuflados e com a densidade mais apropriada possam eliminar substâncias patológicas virulentas e químicas fabricadas em laboratórios de alta tecnologia, que são constituídas com a finalidade de entorpecer e manipular as almas do planeta Gaya a fim de roubar-lhes a vitalidade e a consciência de suas almas, enriquecendo dessa forma um império gigantesco mantido durante muitos milênios pela raça de reptilíneos que visam dominar boa parte dos pequenos planetas tornando-os escravos vazios e sem alma. O objetivo é formar um grande exército de almas vazias e controladas, conquistarem planetas mais elaborados e avançar em uma grande guerra inter galáctica.
Os tripulantes da nave de Betelgeuse, a Arun missão 1 estava a procura de uma pessoa naquela noite que pudesse servir para a missão especial daquela vez. Observavam a uma distância muito curta pois a nave não poderia ser vista a olho nu e nem detectada atyravés de radares com a tecnologia da Terra, pois era feita de um material muito sutil para a densidade planetária de Gaya.
Observando um grupo de pessoas da cidade de São Paulo, a caótica cidade que não dormia, sendo considerada feia quando vista de cima por conta das construções desiguais e em materiais extremamente primitivos. Larissa Gilbert era uma moça que possuía uma boa saúde, com idade terrena entre vinte e vinte e cinco anos e estava de acordo com os padrões exigidos e possuía alguma linhagem extraterrena de vidas anteriores, tendo uma capacidade psíquica aceitável e um organismo adequado para suportar as fortes ondas eletromagnéticas exigidas para a missão.
Larissa Gilbert olhava pela sacada do apartamento de madrugada apreciando a lua, as estrelas e debruçada em mil pensamentos sobre planetas e discos voadores avistou uma luz muito distante e imaginou como seria se pudesse conhecer o Universo fora da Terra e foi dormir.
Algum tempo depois acordou escutando um zumbido intenso, abriu os olhos e uma forte luz piscava fazendo os olhos arderem, ela tentou se proteger da luz mas percebeu que não podia se mover. Estava paralizada na cama. Sentindo um calor extremo desmaiou.
Sem poder precisar o tempo Larissa percebeu estar dentro de um recinto feito de paredes em metal, com os braços e pernas amarrados a uma coluna vertical. Uma figura de cada lado, sem rostos e usando túnicas brancas estavam de guardiãs. Ela olha para suas mãos e para o restante de seu corpo e não se reconhece, as mãos estavam bem maiores, o corpo parecia bem mais alto e mais forte, ela sentiu falta dos longos cabelos ondulados, dos seios e não entendendo o que acontecia começou a gritar.
- Onde estou? Quem são vocês? O que fizeram comigo? Por-que estou assim?
- Ora, cale-se! - Ordenou uma figura flutuante que adentrara o estranho e quase vazio recinto.
A figura se aproximou lentamente e flutuava como se vivesse em alto mar, de forma balanceada, mas não tinha uma forma definida, parecia ser de éter ou de alguma matéria gelatinosa e muito leve. Também não possuía cor definida, estava entre o lavanda e o lilás bem claro. As palavras que dela saíam pareciam estar em tudo, e penetravam a mente.
'' - Aqui você não será Larissa Gilbert, possui uma identidade secreta em seu planeta. Vou explicar para que entenda antes que eu configure um dispositivo que converterá à sua psiquê todas as informações necessárias à missão que iremos confiar-lhe. Não saberá nada a mais e nada a menos que o estritamente necessário para que possamos realizar as operações da forma mais segura possível. Quando de retorno ao seu planeta poucas serão as lembranças que restarão dessa experiência, inclusive para sua própria segurança dentro de seu planeta.
Antes que Larissa pudesse dizer algo um dos seres de branco ao seu lado pega na palma de sua mão e realiza um corte a laser, e então introduz uma pequena cápsula azul metalizada. Nesse momento a estranha e flutuante figura abre a sua frente um painel espelhado e então Larissa se enxerga de forma muito diferente da original. Ela se vê como um homem, alto, cabelos curtos, usando uma roupa cinza colada ao corpo, um cinto preto contendo armas secretas e outros aparatos e usando botas.
- Como é mesmo o seu nome? - Pergunta a criatura flutuante.
- Robert Walker. - respondeu Larissa.
- Isso mesmo Robert Walker, assim como sabe o seu nome que é uma de suas identidades secretas, saberá como conduzir a sua missão, pois como foi dito tem todas as informações de que necessita para o cumprimento desse dever. E agora sem mais perda de tempo, vá.
E Larissa estando em um corpo diferente sob o codinome ou identidade secreta de Robert Walker foi conduzido pelos seres de branco até um corredor estreito.
- Siga por esse corredor e depois saberá o que fazer. - Ordenou um deles.
Robert Walker seguiu pelo corredor e na saída avistou uma área imensa e cheia de árvores. Era noite e no céu avistou uma luz que girava e seguiu por aquela direção atravessando a mata. O seu íntimo como Larissa sabia que tudo aquilo era extraordinário. Havia por dentro uma convicção e ela, dentro de uma forma diferente sabia o que deveria ser feito, pois a cada passo que dava uma nova percepção se abria.
Assim que findou a mata, uma grande área desmatada se configurou em sua frente e avistou uma imensa construção ovalada, algumas naves de pequeno porte estavam aterrissadas aqui e ali e Robert Walker viu uma fila de pessoas com aparências humanas talvez porém com sutis diferenças, e todas com vestes semelhantes àquela que usava, macacões justos ao corpo, algumas com emblemas enigmáticos.
Se aproximou da fila e logo chegavam mais seres humanóides atrás, a fila andava depressa e na entrada uma mulher pergunta sua identidade.
- Robert Walker. - Responde com convicção.
- Entre! - Ordenou olhando com certa desconfiança.
Havia muitas criaturas ali dentro, muitos de aparência semelhante, humanóides masculinos e femininos a andar no que mais parecia ser uma espécie de festa interplanetária.
Larissa dentro da identidade de Robert Walker sabia que sua missão naquele lugar consistia em conseguir vencer algumas etapas. A primeira era conseguir passar pela triagem da entrada sem levantar suspeitas de que se tratava de alguém usando uma identidade secreta com o objetivo de espionar e detectar reptilíneos e seus planos sórdidos de roubos de almas e infiltrações no planeta Gaya. Sabia que a criatura que havia lhe recepcionado era do planeta Betelgeuse, e sabia o que deveria ser feito, onde entrar e como entrar e sair dos lugares. Conseguiu se lembrar por um segundo da época um pouco distante em que assumira a identidade de Robert Walker antes. Além de sentir que sua inteligência tinha um alcance maior devido à agilidade com que o dispositivo empregado na palma de sua mão conectado a operadores intradimensionais de tecnologia muito avançada para os conceitos ainda insuficientes dos habitantes do planeta Gaya.
Plasmada como Robert Walker disfarçadamente passa pela pequena multidão de interplanetários e avança por um estreito corredor que ao final conduzia para uma porta camuflada, um dispositivo é retirado debaixo de sua língua e depositado em um pequeno compartimento e nesse instante a porta se abre, instintivamente sabia que tinha que encontrar uma caixa azul que continha milhares de micro chips indutores de nocividades. Pega essa caixa e esconde sob a malha de seu macacão, enquanto isso um alarme dentro do salão começa a soar ininterruptamente, Robert fecha a entrada rapidamente e corre com a caixa tentando sair dali o quanto antes.
''Inimigo no local, Inimigo no local'' - Repetia uma voz de que soava metálica e grave.
Nesse instante Robert estava no meio do salão, se dirigindo até a porta de saída que instintivamente conhecia, quando alguns seres lá de dento se transformaram em uma espécie de lagarto esverdeado e começaram a vir atrás de Robert. Um homem que estava ali e que muito provavelmente era um dos betelgeuses disfarçado olha para Robert fazendo um sinal secreto com a mão para que ele continuasse a fugir, pois iria dar conta dos seres lagartos. Robert consegue escapar e uma luta inacreditável se passa no interior do salão, haviam outros betelgeuses disfarçados para apoiar na missão caso algo fosse descoberto.
Na saída Robert corre para o meio da mata e percebe que uma mulher que estava na entrada do local, se transforma em um réptil imenso e veloz e corre atrás dele. Ele se embrenha na mata e escala uma árvore, a reptiliana vem logo atrás quando recebe um raio vermelho vindo de uma pequena nave que estava ali escondida e cai alguns metros abaixo, Robert é resgatado pela nave. A reptiliana tenta escalar a árvore, mas outra rajada de laser corta a árvore pelo meio, que termina por tombar.
A criatura lilácea aparecia mais uma vez e sua voz era percebida como se não viesse dela, e sim do ambiente:
- Missão cumprida! Parabéns Robert Wlaker, você realmente soube o que fazer. Agora nos dê a caixa branca. Quando retornar ao seu lar deixará de ser Robert e voltará automaticamente ao corpo de Larissa Gilbert.
- E quanto aos outros que ficaram no salão?
- Não se preocupe com eles, eles ficarão bem, estão usando uma malha altamente perecível produzida para missões como essas, a densidade deles é menor e quando essa malha se decompõe eles não podem ser vistos aos olhos dos reptilíneos. Logo estarão em casa. O seu tempo está terminando, precisamos da caixa branca.
- Claro. - Disse Robert que nesse mesmo instante some de dentro da nave vindo a acordar como Larissa Gilbert em sua cama. Um alarme estava soando alto de seu aparelho celular. Muito zonza e sentindo-se parcialmente sem reação ela desliga o aparelho e se vira para o lado tentando dormir novamente mas na sua mente algumas imagens começam a desfilar.
( continua )
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